Segunda-feira, 25 de Junho de 2007
Umas vezes estás dentro. A cidade vê-se, em baixo, afastada. Estás a uma altura impossível, mas dentro. Se tens medo, agarras a mao de quem te acompanha.
Umas vezes estás fora. Ves como dá voltas enquanto mos teus ouvidos soa uma música de circo. O espectáculo está à tua frente, sucede silenciosamente e és apenas testemunha. Se tens medo....
Segunda-feira, 18 de Junho de 2007
Há dias que esqueço que sou feliz. Esqueço que mesmo num Junho insistentemente chuvoso pode filtrar-se um raio de sol e 25 graus de calor necessário. Que esqueço que a ternura é mesmo mais do que preciso. São dias nos quais nada parece suficiente, dias em que moras com um déficit contínuo. Parece que nem todas as maos amigas chegassem para abraçar-me. Afortunadamente, também esses dias passam, como tudo, tudo o que passa. E a memória virá a resgatar-me. Carregada de todas as cousas que esqueço sem dever.
Sábado, 16 de Junho de 2007
Não são precisas grandes palavras. Não é necessário ser grande, nem alto, nem grosso, nem magro. Não preciso a emoção incomesurável do especial. Sou feliz com a quotidianidade, com as minúsculas alegrias de cada dia, com a quotidianidade, mesmo seja delirante.
Terça-feira, 12 de Junho de 2007
Não importa a quantidade de vezes que suceda, de cada vez, é a mesma dor e não há experiência possível que me ensine. A experiência di também que tudo passa, que o tempo é um grande curador. Mas não quero curar, o que quero é outra cousa bem diferente. O que quero é uma aprendizagem que parece que não vai chegar nunca. O que quero é que não se remexa o estômago, que a vida esteja apenas dentro de mim. Entretanto, fago caso dos conselhos repetidos (ainda ninguém mos deu mas sei que chegarám em breve).
Sábado, 9 de Junho de 2007
Aprender a viver na dúvida, na provisoriedade contínua, na insegurança.... Não ter certezas sobre nada. Um tremendo caminho de aprendizagem, uma bom passo cara a felicidade. Mas cansativo.