Apetece ficar na casa, sem livro nem música, sem filmes, sem chuva. Apetece ficar na casa numa posição impossível, preferivelmente no sofá, com o olhar fixo, apenas fixo. Quer dizer, fixado, colado sem nada ou ninguém para olhar. Apetece desligar o computador, que a internet não te ligue a nada por uns escassos minutos. O telemóvel escondido. Apetece cometer erros ortográficos e meter o dedo no nariz. Apetece escrever mal, mesmo mal, dizer um monte de cousas ridículas, rápido, sem pensar, e que nenhum sujeito concorde com o predicado nem contigo.
Apetece não parar nunca de escrever neste post mesmo quando já não haja nada a dizer. Porque afinal não há nada a dizer (polo menos nada há que não vos diga em pessoa a cada um, a cada uma). Apetece falar sem ter nada que dizer, por uma vez, a inconsciência.