Não acredito na beleza exacta das cousas. Nem cânones clássicos nem modernos. Não acredito na beleza emoldurada segundo um plano de perfeição.
A beleza em que acredito deixa-te apenas pendurado nesse instante. Trapassa qualquer percepção dos sentidos pra ir tocar-te mais adentro. A beleza em que acredito é uma carícia no coração.
Acredito que existe. E essa sua existência permite a minha. Nada neste mundo seria aceitável sem ela. Deste mundo asfixiante e pavoroso só nos salva a beleza onde ela está: na folha, na água, na lua, na canção, na poesia.