Do sorriso, bobo, que tés na cara a passear pola cidade. Uma cidade quase desconhecida, quase grande, quase cosmopolita. E tu sozinha. Com uma solidão escolhida de entre todas as possibilidades. Caminhar. Quase perder-se. Porque os quases te protegem do pánico atávico de menina de aldeia. Uma menina que cresce de repente para o mundo. Quase estrangeira. Num estato de ambigüidade que te mantem em segurança. Os olhos de primeiros dias, de começo. Desejas olhos nascentes de novo. Por isso, a volta aos antigos aparece como uma leve dor sem localizar. Uma pequena picada dum insecto que molesta mas não fere. Esse insecto deve manter-se. Ficar contigo até os quases desaparecer.