Hoje há lua cheia e a nostalgia atingiu-me inesperadamente no centro do coração. Amanhã um aniversário, o aniversário da ausência do meu pai. Essa ausência que me colocou noutro lugar do mundo. Num lugar em que agora fico mais consciente do tempo e da inutilidade das cousas. Da inutilidade deste cansaço emocional que a lua cheia me traz para encima dos ombros.
Na outra vida, na quotidiana, na que tem horas e despertador, outro setembro me faz cair nos ciclos. Outro curso começa e a avidez e o entusiasmo do começo também me habita. Assim estou outro ano mais, movendo-me entre a vida e a VIDA.