Há cheiros férteis e intensos que voltam a ti embora o campo esteja ermo e já nada renasça na primavera. Há um arrecendo a tabaco nas rugas das mãos do avó doce anos depois. E uma música que ressoa agora que na casa já não fica nem corrente eléctrica. Memória. Aos poucos o tempo vai aumentando cara atrás e adoras essa sensação de nostalgia. Há uma plenitude de coração nessa olhada reconciliada. Por fim reconciliada. Saudosa não do tempo que se foi mas sim da lentidão.
Apenas lamentas um bocadinho que, enquanto o tempo se estica atrás de ti, vai-se encolhendo por diante. Lamentas um bocadinho que demores tanto em aprender agora que resta pouco.
sons: Nelson Cavaquinho: Quando eu me chamar saudade
De Manuel Fernandez Martinez a 12 de Agosto de 2011 às 23:19
Precioso y triste a la vez.
Pero el tiempo que llega nunca se va. Me parece.
Se queda con nosotros, tan pero tan con nosotros que a veces, sí, ya no somos conscientes de ese tiempo que nos acompañara siempre. Pero el sigue con nosotros.
Nunca el pasado es pasado. Siempre es presente, solo que como una parte más, viva, de este nuevo presente.