O 25 de abril no coração... Num dia do homenagem estou de coração apertado. Tanto, que fico umbilical, lambendo as feridas que nem são tal. Tanto, que em vez de lamber feridas infrinjo-me alguma mais por se ainda não doesse suficiente a estultícia. A minha, sim. Também a dos outros. A do mundo, que é diferente da minha e por isso fai ainda mais dano. Talvez um dia, talvez não demasiado perto mas tampouco longe, aprenda a viver. E o que é mais importante. A morrer. Talvez consiga por fim, sem esforço, pegar na paz que tenho dentro e fazer que habite a minha alma. Só isso, pegar a paz que tenho dentro e tirá-la para fora dia atrás dia.