Limpas as nódoas no cristal sem perceber que o negro está por trás. Não há cores na borrasca. Assopras as nuvens e tens esperança. Vã, dizem os materialistas. Nada se pode contra o final! Mas não escutas. Sopras, sopras, sopras... Sabes que existe um Sol além da escuridão. Um Sol pequenino e mole. Não precisas de todas as cores do arco íris para acreditar. Apenas claridão.
Porque tudo existe e cada cousa tem o seu lugar. Porque inspiras 30 vezes por minuto e a Terra gira. Porque acreditas na sabedoria que te faz sentar de novo no sofá e esperar. As nuvens passam e o mundo volta a começar.
Diz a wikipedia:
Um buraco negro clássico é um objeto com campo gravitacional tão intenso que a velocidade de escape excede a velocidade da luz (299.792,458 km/s, equivalente a 1.079.252.848,8 km/h). Nem mesmo a luz pode escapar do seu interior, por isso o termo "negro" (cor aparente de um objeto que não emite nem reflete luz, tornando-o de fato invisível).
O meu particular buraco negro tem nome (e mesmo pode que apelidos), e no seu interior existe luz. Apavora-me o seu campo gravitacional mas estou tramada, já nada se pode fazer para evitá-lo. Deixo-me atrapar por ele e fico surprendida. Nada de assustador nessa atracçom, será que a minha velocidade é maior que a da luz.