Sábado, 29 de Setembro de 2007
ou o que é o mesmo: manifesto proibicionista.
1. Consultar o correio electrónico apenas uma vez no dia.
2. Não ler imprensa em internet, apenas em papel.
3. Pôr como página de início o google.
4. Não estar mais de meia hora em Internet se não é para trabalhar.
5. Não exigir-nos de mais.
6. Deixa para amanhão o que podas fazer amanhã.
7. Amanhão não existe.
8. Apenas uma cousa de cada vez.
9. Dedicar todos os dias um pedaço de tempo para estar fora da casa, sem fazer tarefas.
10. Combinar todas as semanas com @s amig@s.
Quarta-feira, 26 de Setembro de 2007
Escrevo com os dedos trementes, sem saber se são nervos ou apenas demasiado tempo colada ao teclado do computador. Na cozinha soam os borbulhos da água a ferver. Devo ir, colocar a comida na panela, planificar para amanhã ter tudo feito quando chegue de trabalhar. Mas continuo colada. Levo uma tarde inteira trabalhando, nem sei quanto tempo havia que não o fazia. O coração bate a mil por hora e não consigo decidir que o faz ir assim. Pergunto-lhe de vez em quando que sucede. Mas teima em não responder. Alguma vez sinto a sua resposta, mas então são os ouvidos os que não querem escutá-lo. Porque sei perfeitamente que o que ele quer
e o que quero eu são cousas diferentes.
Serei eu o que quer uma cousa errada e ele o que está no certo? Afinal é tudo uma questão de conveniência. Como num desses tópicos (certos apesar de repetidos) digo-me que sei o que é bom para mim. Mas faço o contrário.
Sábado, 8 de Setembro de 2007
Não me arrastes com força, deixa que me mova com suavidade. Vamos supor que não há pressa, que ninguém nos apura e o telefone não soa cada vez mais agressivo. Afinal nada nos importa, entre tu e eu, apenas tempo.
Chama-me se quiseres inconsciente, acusa-me de não saber assumir o mundo, diz-me que não cresço e isso é, já o sabemos, por algum trauma infantil e muito freudiano.
Podes fazê-lo tudo. Mesmo tentar o insulto -essa indignidade-, mesmo tratar de salvar-me porque no fundo sabemos os dous que me queres. Desesperar-te porque sabes que eu não sou a que che está falando (já sei que queres acreditar nisso, em que não sou, mas eu não me importo, não vou dizer-che a verdade -tão inútil-).
Podes fazê-lo tudo. Mas entretanto, deixa-me nesta quietude, nesta lassidõ. Falta muito pouco para decidir-me.